Mais uma vez estive naquele sonho. O barqueiro encapuzado conduziu a gôndola na minha direção, e estendeu a mão apodrecida para me receber naquele mar escuro que refletia o céu muito nublado, e que tornava tudo cinza ao meu redor.
Me lembro bem do meu pé descalço tocando o ferro frio do apoio que servia para os passageiros entrarem na embarcação, enquanto eu segurava a mão do gondoleiro oculto sob as vestes negras, para acompanhá-lo até onde ele desejava me levar.
Eu, sinceramente, não sei o significado desse sonho, nem mesmo do motivo de ele ter se repetido num curto período de tempo, mas... Ele me fez lembrar de uma história que ouvi há algum tempo, em que, ao fim da vida, um gondoleiro (guardião das chaves do paraíso) conduzia o homem até o outro lado e lhe fazia duas perguntas:
"Você foi feliz?"
"Você fez alguém feliz?"
"Você fez alguém feliz?"
As respostas para essas duas perguntas determinariam se o homem poderia, ou não entrar no descanso eterno.
Não sei por que estou escrevendo isso aqui. Só não queria guardar só para mim mesmo.
Gostei desse post, porque as duas resposta para mim, hoje, seria SIM, com muita convicção. Ótima reflexão para esse final de ano!
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