Já esteve com alguém tão cheio de vida e energia, a ponto de parecer que o simples fato de estar com essa pessoa por alguns instantes foram suficientes para te renovar as forças e encher de alegria?
Pois é... Assim como existe esse tipo de pessoa, também existem aquelas que costumam sugar rapidamente todo o nosso vigor, boas expectativas e vontade de ser o melhor que podemos. São pessoas que vivem discutindo sobre a vida, ao invés de vivê-la. Pessoas que sempre vão encontrar defeitos dos quais se queixar. Elas são conhecidas como "Vampiros Emocionais".
Eles estão por aí, em toda parte. Podem estar no nosso local de trabalho, entre pessoas de um círculo social, uma rede social na Internet... Mas o pior de tudo é quando esses "Vampiros" se encontram dentro da nossa própria família. Sim, porque seu tempo no trabalho é limitado, e você pode mudar de emprego se as pessoas (ou alguém específico) for uma sanguessuga emocional. Assim como nos círculos sociais é possível cortar os vínculos. Mas, e na família? Você não pode simplesmente selecionar as pessoas que fazem parte dela. Você nasceu nela e ponto.
Eu mesmo, por muito tempo, achei ter nascido na família errada. E isso não tinha (quase) nada a ver com o fato do meu irmão mais velho viver repetindo durante a minha infância que eu fui encontrado na lata do lixo, pela minha mãe. Eu pensava isso especialmente devido à discrepância gritante entre a personalidade da minha família toda e a minha.
Eu sempre fui muito tranquilo, falava baixo, preferia dialogar sobre assuntos com conteúdo, sempre gostei muito dos ambientes calmos, próprios à reflexão... Já minha família, sempre foi muito festeira. Adora uma farra, barulho, bagunça. Gostam de se reunir em volta da mesa com um pacote de pão quentinho e um refrigerante gelado para conversar sobre nada, ou para dar palpites nas vidas e conflitos uns dos outros (nunca se reúnem para falar mal de alguém em sua ausência, apenas falam de quem está ali, participando da roda de conversa).
E eu era tido como o "antissocial", por não conseguir ficar muito tempo em bando, ou falando sobre coisas que não me diziam respeito. Se alguém quisesse falar sobre a minha vida, eu preferia que me chamasse em particular para perguntar o que está acontecendo, se a intenção fosse a de me entender e me ajudar, e não que fizessem debates públicos-familiares na mesa da cozinha. (Ainda prefiro que seja assim). Eu tive que aprender a lidar com minha família e ela ainda está aprendendo a lidar comigo.
Sendo assim, o que fazer quando você está num ambiente familiar onde alguém parece carregar um peso estranho, capaz de sugar a alegria do ambiente? Basta imaginar que vai se encontrar com aquela pessoa, seja numa tarde qualquer ou numa festa, que você já se sente mal, sendo que você estava feliz até o momento. O pior é que outras pessoas (que não sabiam do que você sente na presença do "Vampiro") também já chegaram a desabafar com você sobre o que sentem na presença dele.
Entenda: o problema não é pessoal. Você não odeia o "Vampiro". Não sente raiva dele. Não quer o mal dele. Só que o fato de ele ser alguém que se vitimiza, que vê a si mesmo como incapaz, coitadinho, "Parece que nada dá certo na minha vida...", faz com que você sinta que ele suga tudo de bom que possa haver no ambiente. Você só deseja que ele pare de ser assim, tão "carregado" e que o sol volte a nascer para ele. (Não estou falando de um momento ou outro, a pessoa é negativa em mais de 50% das vezes que vocês se encontram).
Pior é quando o "Vampiro" não sabe que é uma sanguessuga emocional, e você parece já ter tentado fazer de tudo na intenção de mostrar para esse tipo de pessoa que ela é assim, mas parece inútil. É como dar murro em ponta de faca. É como jogar pérolas aos porcos. Ficar repetindo e repetindo a mesma coisa não adianta. Talvez seja um caso a ser estudado.
O fato é que há pessoas que simplesmente parecem ter escolhido viver assim. Uma vida que não anda pra frente, baseada no passado, cheia de feridas que não foram curadas, e infelizmente não serão porque não estão sendo tratadas, uma vez que só podem ser tratadas quando essas pessoas quiserem, permitirem que haja o tratamento.
Talvez este seja um Post sem conclusão. Mas me dou o direito de escrevê-lo como uma reflexão de algo que eu não entendo, apesar de sentir.
Gostaria apenas de deixar um convite a você que está lendo, assim como eu costumo fazer todos os dias (até mesmo inconscientemente, por já ter se tornado um hábito na minha própria vida):
Olhe para si mesmo e veja se tem sido esse alguém que não se coloca no lugar das outras pessoas, que não dedica tempo e esforços a algo que beneficie a mais alguém além de você mesmo ou que corresponda aos seus próprios interesses. Perceba se você é alguém pessimista, que só olha para a sua própria vida como algo que não deu certo, ao invés de olhar para si como um projeto que ainda está sendo construído, olhando para frente, vendo o futuro com boas expectativas (a curto e a longo prazo).
Se você se encaixa nesse perfil, por favor, permita-se ser ajudado pelas pessoas e, principalmente, por você mesmo. Porque existe alguém incrível esperando ser libertado de dentro de você. Acredite! Esse alguém só está sendo ofuscado pelas nuvens dos dias cinzas que você parece ter permitido que se formassem ao seu redor. Abra-se ao que é novo! Pare de dizer que você é assim e que não vai mudar! Porque todos nós, seres humanos, estamos em constante mudança e o nosso trabalho deve ser para que essa mudança seja sempre para melhor. Mude! Cresça! Evolua.
Todos nós erramos, todos caímos, mas precisamos fazer com que os erros (especialmente aqueles que envolvem e ferem outras pessoas) sejam raros, e que nossos "depósitos" de coisas boas na vida das pessoas possa ser constante e maior do que nossos erros.
1. Escreva uma carta declarando seu carinho ou admiração por alguém (aposto que alguém vai responder dizendo o que sente por você também);
2. Torne sua casa um ambiente que te inspire. Por exemplo, distribuindo pelos cômodos cartazes com motivos pelos quais você tem a agradecer a cada dia (e leia-os em voz alta), ou frases motivadoras para um novo dia;
3. Faça desenhos e pinturas (mesmo que não saiba desenhar direito) e presenteie alguém com esse desenho feito por você;
4. Ligue para alguém por quem você tenha um carinho especial, simplesmente para dizer que pensou nessa pessoa e decidiu ligar, pois estava com saudade;
5. Ouça canções com boas mensagens, capazes de acalmar seu interior e renovar suas forças e envie essas canções para alguém especial, dizendo o que significou para você;
6. Vá ao cinema sozinho e compre pipoca, ou escolha um filme para assistir sozinho no escuro da sua casa, com pipoca de microondas. Permita-se gargalhar sozinho das cenas engraçadas, se emocionar nas tristes e falar em voz alta: "Sai daí, sua idiota! Ele vai pegar você!";
7. Contemple a paisagem durante uma caminhada (só ou bem acompanhado);
8. Leve café da manhã na cama, para alguém que não estava esperando;
9. Leia livros com histórias inspiradoras, que te façam querer se tornar alguém melhor;
10. Passe mais tempo na sua própria companhia. Assim, você vai perceber se é alguém agradável de se estar junto, ou se nem você mesmo suporta estar consigo.
Enfim... Esta lista só tem 10 itens, mas há tantas outras ideias legais que podem fazer você mesmo se encher de coisas boas e, assim, poder transmitir essas alegrias para outras pessoas ao seu redor!
Veja bem: É impossível alguém receber um café da manhã inesperado, na cama, e não se alegrar com sua atitude a ponto de te transmitir sua gratidão pela surpresa, e nutrir bons sentimentos por você. (Mesmo assim, não crie expectativas. Faça apenas por querer compartilhar coisas boas). Perceba que isso envolve muito mais do que dar e receber. Envolve mostrar para o mundo ao seu redor, que você não está aqui para sugá-lo, mas para compartilhar o que tem de bom em você, e receber das pessoas o que há de melhor nelas. Mas, pare de dar desculpas e aja! (Vontade de escrever esta última frase em letras garrafais).
Acho que é só isso tudo.
Espero que este texto não tenha servido apenas como um desabafo para mim mesmo, mas que sirva, acima de tudo, como uma inspiração para quem ler querer se tornar alguém melhor, como eu mesmo desejo me tornar todos os dias.
Ao invés de sugar, compartilhe!
Um super abraço, e até o próximo Post.
Douglas ;)
Menino, minha mãe é esse vampiro do teu texto. hahaha E sinto pena e ás vezes culpa por não conseguir ficar muito tempo ao lado lado, mesmo a amando demais, porém ela é uma pessoa muito crítica - além de não aceitar minha sexualidade - ela expõe os pensamento tóxicos sobre todos. Isso de discutir a vida dos outros e dos próprios acontecem também na minha família e eu sou aquele que se excluí, sou ainda rotulado de quem não os ama.
ResponderExcluirEsse texto veio a calhar, eu estava muito reflexivo sobre isso tudo.
Abrços!