A grama do vizinho é mais verde do que a minha?


Uma das coisas que desanima quase todo blogueiro é viver daquele ditado: "A grama do vizinho é mais verde do que a minha". Mas, de uns tempos pra cá eu percebi que se realmente a minha grama não parece tão atrativa é porque tenho passado mais tempo olhando pra do vizinho do que cuidando da minha própria, para que melhore um pouco sua aparência.

Por tanto tempo eu olhei pra o meu próprio blog comparando com o de outras pessoas, e ficava pensando: "Cara, meu Blog nunca vai ser tão bom quanto o do Fulano/da Fulana!". Só que de uns tempos pra cá, eu percebi que esse pensamento não é nada legal, e que nele existe até um certo tipo de complexo de inferioridade.

Nada a ver, né?! Deixar de fazer algo que eu gosto tanto, como escrever, pra ficar comparando o conteúdo dos meus textos com o das outras pessoas, ou o layout do meu blog com o de outros, ou tantas outras coisas...

Eu sei que meu Blog não é igual ao de muita gente boa por aí, mas QUE SE DANE! Ele é meu! Tem a minha cara, e define um pouco de quem eu sou por dentro. Goste quem gostar, não goste quem não gostar. Mas eu não aceito ficar com esse tipo de neura dentro de mim.

E, veja que curioso! Foi só eu aceitar o meu "jeito de postar" que finalmente consegui repaginar meu Blog todinho e deixar ainda mais com a minha cara! Do jeito que eu queria há algum tempo, mas por ficar criando comparações, não conseguia alcançar o que tinha em mente. Até o nome dele mudou! E isso, sem ser copiado de ninguém. A inspiração partiu de mim mesmo. E eu dei muita sorte de o domínio estar disponível. Porque, cara, fala sério! O que tem de Blog com nomes ótimos por aí que estão abandonados! O Blogger devia dar uma reciclada nesses domínios que a galera usa e não se dá ao trabalho de manter o Blog. Tem um de nome excelente que não atualiza desde 2002! Ninguém merece!

Dê boas vindas ao "O Coração do Menino". Espero que goste das novas postagens, que têm tudo pra ser cada vez mais originais.

E quanto a você, não deixe de fazer aquilo que gosta por causa de complexos, ou por achar que as pessoas não se interessam pelo que você faz. Quem se importa com o que se passa na cabeça das pessoas?! Faça o que você ama! Dê o seu melhor. Escrevam sua própria história! E quem tiver que gostar, vai gostar do jeito que é.

Por hoje é só isso tudo.
Até mais ver!

P.S.: A imagem da postagem não tem nada a ver com o assunto, mas o Blog é meu e eu coloco a imagem que eu quiser.

Tinha tudo pra ser igual... Mas foi diferente.

Eu sou daqueles que acreditam que você coloca sua energia naquilo que faz. Uma pessoa que faz algo por obrigação, cheia de reclamação e maus fluidos dentro de si deposita coisas ruins naquilo que está fazendo. Alguém que faz algo com carinho e cuidado compartilha o bem que há dentro de si através daquilo que foi objeto de sua dedicação e de seu tempo.

Hoje, cheguei do trabalho após um dia bem corrido (como todos os meus dias de trabalho têm sido atualmente) e novamente fui recebido pela minha mãe sentadinha no sofá da sala, assistindo às suas novelas. Minha mãe já está na fase de um merecido descanso devido ao tanto que trabalhou, mas eu sinto que assumir essa posição de passividade diante da televisão não faz bem pra ninguém, inclusive para ela.

Ela adora acompanhar uma novela após a outra e, quando dá por si, já são oito da noite e ela se culpa por não ter feito nada. É uma rotina diária.

Me lembrei de que, antes de ela se render às histórias das "Novelas da Tarde" do SBT, eu chegava em casa lá pelas 18:30h e era recebido com aquele cheirinho maravilhoso de comida bem feita sendo preparada. Há algum tempo que eu venho percebendo que ela tem improvisado nas refeições de tal forma que eu não tenho sequer sentido vontade de levar almoço para o trabalho, preferindo comprar na rua.

Ao ver aquela cena, senti muita vontade de falar com ela sobre aquilo. Com carinho, cheguei perto dela e perguntei: "Posso te dizer uma coisa?", ela assentiu e eu prossegui: "O momento da refeição é quando toda a família se reúne em volta da mesa para compartilhar coisas boas. A senhora se lembra quando fazia o jantar com tanto carinho e a família toda ficava na cozinha conversando? Isso une a família.". Antes de me retirar, eu pedi para que ela refletisse sobre aquilo, e ela o fez, mas continuou ali assistindo a novela.

Enquanto isso, eu pensei sobre o que gostaria de comer e me lembrei que há pouco tempo fomos a um restaurante e minha irmã do meio falou que há muito não comia filé de frango à parmegiana, mas naquele dia pedimos pizza. Comprei o que precisava para completar o que já tinha em casa e tentar fazer a receita do filé.

Fui até a sala, puxei minha mãe do sofá e ela se levantou prontamente, pois teria um ajudante na cozinha (EU!). Comecei a picar os temperos com carinho e ânimo quando, de repente, minha irmã ligou para o meu pai (aquela mesma do restaurante). Eu pedi para que ele a convidasse para jantar conosco, mas não foi necessário, pois ela já estava chegando na minha casa.

Minha sobrinha de nove anos  pediu pra ajudar nos preparativos e eu deixei que ela colocasse os ingredientes na panela e me ajudasse no que fosse mais viável. Enquanto íamos fazendo a receita, involuntariamente as pessoas começaram a se reunir em volta da mesa para conversar, rir, desabafar, aconselhar, compartilhar coisas boas umas com as outras. Durante todo o tempo eu participava da conversa e abraçava minha mãe perguntando se ela estava feliz por ter um ajudante. (É incrível como ela não se importa nem um pouco que eu a "agarre" quando ajudo em alguma coisa! Ela fica tão boazinha [risos]). Ela disse que estava muito feliz e eu confirmei dizendo que nós formamos uma ótima equipe.

Quando o jantar ficou pronto, eu cheguei a dizer que quando eu mesmo cozinho perco o apetite, mas foi só dar a primeira garfada no filé que eu arregalei os olhos e viajei no tempo até os meus 10 anos de idade, quando, na "Quinta da Boa Vista" - um parque florestal do Rio de Janeiro -, eu comi pela primeira vez aquele prato e fiquei apaixonado! Tão apaixonado que minha irmã também se lembra até hoje do meu encanto naquela época. Eu tive que falar: "Gente! Não é porque fui eu quem fez, mas está MUITO bom!". Todos concordaram. Foi aí que minha irmã mais velha falou: "Quando você faz as coisas com carinho, fica gostoso porque você deposita ali o seu sentimento".

Precisa falar mais alguma coisa, gente?!

Eu só fiquei pensando o quanto essa noite poderia ter sido diferente... Se eu me conformasse com o revirado que minha mãe faria (por causa da novela), se tivesse feito um lanche e ido pro meu quarto ver filme (como pensei em fazer), ou se eu simplesmente criticasse minha mãe, mas não tentasse ajudá-la de alguma forma.

Enquanto a gente cozinhava, eu chamei minha mãe pra perto de mim e falei: "Olha só para a mesa... Seus filhos felizes, reunidos, conversando sobre coisas boas. Há quanto tempo não acontecia? Tá vendo como isso é importante?". Dava pra ver que ela estava feliz pelo olhar!

Foi uma noite especial. E eu me senti bem mais vivo! Quanta diferença uma simples atitude pode fazer não só na sua vida, mas na vida das pessoas ao seu redor.

Poderia tirar tantas conclusões sobre esse jantar inusitado... Mas prefiro ficar com ele na minha memória e agradecer a Deus por poder viver momentos como esse com minha família. Momentos tão simples, mas que precisam ser valorizados e eternizados enquanto os temos. Não quero, nem posso ser daqueles que só valorizam as coisas que perdem.

Meu dia de hoje está acabando ao som dos cantores maravilhosos do "The Voice", no Canal Sony e o clima (entre mim e eu mesmo) está tão especial que eu senti muita vontade de contar aqui no Blog. Quero muito ter oportunidades pra voltar a ajudar minha mãe, pois ela merece e toda a minha família PRECISA de mais e mais momentos assim.

Um abraço.

Douglas ;)

Unhas, Capas e Sobrinhas...

Tudo começou aos quatro anos de idade, quando eu estava na igreja com meus pais e algo me chamou a atenção: uma pessoa roendo as unhas.

Achei curioso o fato de um adulto estar com o dedo na boca. Nem eu que era criança fazia mais aquilo! O que ele estaria fazendo? Coloquei meu indicador na boca para ver se faria sentido, e nada. Continuei observando aquela pessoa e vi que ela arrancava as unhas com os dentes e as lançava fora com uma cuspida discreta. Fiz o mesmo uma vez, e outra, e mais uma, e mais uma. Desde então, não uso cortador nas unhas (das mãos, é claro!), pois elas estão sempre bem curtinhas (e minha boca cheia de germes e bactérias).

Nem eu, muito menos aquela pessoa (que eu sequer conhecia) imaginávamos que esse mau hábito me seguiria até os vinte e cinco anos de idade.

Aos catorze anos, fui proibido pelo médico de assistir televisão por longos períodos de tempo (mas isso não tem nada a ver com o hábito de roer unhas, ok?). Como a proibição veio durante as férias de Janeiro e eu era MUITO viciado em televisão, meus dias se tornaram um tédio e minha fuga foi pegar revistas (as "Capricho" da minha sobrinha eram as melhores de todas!) e recortar as figuras com as quais eu mais me identificava. Era quase um "Poema Dadaísta", porém com imagens ao invés de palavras.

Revista Capricho - Fonte: heycarpediem.com/

***
(Pode pular essa parte, se quiser)

Para fazer um poema dadaísta 

Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.

(Tristan Tzara)

***

Enquanto recortava eu relaxava minha mente e viajava imaginando as histórias que poderiam existir por trás de cada imagem. Vários enredos se formavam com possíveis desfechos enquanto ia cortando e imaginando o contexto dos desenhos e fotografias das revistas. A princípio, as figuras recortadas ficavam soltas, até que tive a ideia de fazer capas para meus cadernos. Ficavam parecidos comigo (ou seja, lindos! kk), e meus amigos (na verdade, minhas amigAs) gostavam tanto que me pediam para fazer para ele(a)s. Já tive váááários desses cadernos, desde então.

Minha escrivaninha com minha bagunça

Destaque para o Fichário que customizei com meus recortes de revista


No último sábado eu não consegui dormir. Teria uma reunião de trabalho logo pela manhã (Sim. Em pleno sábado... [mas fui eu que marquei]) e fiquei tão envolvido nos preparativos que decidi virar a noite. Após a reunião, cheguei em casa, almocei e adormeci pesadamente. Quando acordei, por volta das 19h, minha sobrinha de nove anos me viu saindo do quarto e correu para pegar o caderno dela. Ela queria me mostrar o que havia feito: "Tio Douglas, eu fiz a capa do meu caderno igual à do seu! Peguei as figuras, cortei e colei."

O meu lado tio ficou radiante com aquilo! Tinha ficado muito bonito mesmo. Não falei só pra agradar. Aliás, quem me conhece sabe que eu não costumo dizer nada só pra agradar (risos). Foi algo muito inesperado mesmo! Em momento algum eu havia percebido que ela, mesmo sendo tão pequena, me observava criando as capas dos meus cadernos e pensava em fazer um para ela. Ao mesmo tempo que aquilo me deixou emocionado, me levou a refletir.

É interessante descobrir o quanto você pode influenciar alguém pelo exemplo, até mesmo sem perceber. O fato é que nós sempre corremos o risco de estar sendo observados. Mas, não digo isso no sentido de ficarmos neuróticos, como se em um grande julgamento nossa vida toda pudesse ser exibida em um telão diante de toda a humanidade (como eu acreditava, quando era mais novo). Me refiro ao fato de que (quer você queira, quer não) você é uma influência para alguém. E isso pode ser bom ou ruim. Só depende de você.

Você pode estar influenciando alguém a fazer uma capa de caderno com colagens ou a roer as unhas pelo resto da vida. Pode estar influenciando alguém a prosseguir ou a abandonar seus sonhos. A ter esperança ou a desistir de viver. E como isso pesa! Um peso de responsabilidade pelo simples fato de estar sendo você mesmo. Complicado, né?! Também acho.

Agora há pouco, pedi a minha sobrinha de 10 anos para escrever uma mensagem na minha agenda (Sim. Estou resgatando o hábito dos anos 90) e olha só o que ela escreveu:

"Tio Douglas, (...) você é um tio que serve de exemplo para muitos de seus sobrinhos, inclusive para mim. Você (...) me ensinou muitas coisas. Por exemplo: a gostar de Harry Potter, me ensinou um pouco de inglês e muitas outras coisas. Eu agradeço a Deus por sua vida e pelo tio que você é! Te amo!"

E assinou com o apelido que eu uso para chamá-la (cada sobrinha tem o seu).

Diante de tudo isso que conversamos, só posso chegar a uma conclusão: É chato ter que pensar sempre no outro? Sim. É uma sensação de abnegação contínua. Mas... Vale a pena abrir mão do nosso próprio ego de vez em quando, contar até dez, respirar fundo e pensar no que nossa atitude de hoje estará reproduzindo na vida de quem nos observa.

"NÃO DESISTA!
Alguém está se inspirando em você."


Foi a frase simples que li por acaso, mas que me encheu de força pra enfrentar as duas últimas semanas.

Já dizia nosso amigo Confúcio: "A palavra convence, o exemplo arrasta". E como é bom começar a colher os (bons) frutos que o exemplo, a influência nos proporcionam! É a sensação de missão cumprida. Afinal, com que finalidade passamos por essa vida, se não marcarmos a vida das pessoas que nos cercam com coisas boas? E isso vale para todos os âmbitos da vida.

Bom, é isso.

Douglas ;)

Meme da Adelita

Fui indicado pela Adelita Siqueira, do Blog “A Vida é uma Consthancia”, para responder a este Meme. Já deixo registrado que me senti muito feliz com a indicação. É uma forma de reconhecimento do meu “trabalho” como blogueiro.

1. Como surgiu o seu Blog e explique como escolheu o nome.
Surgiu pois perdi o domínio do meu Blog anterior (“Gota de Nanquim”), e diante da necessidade que tinha de manter um Blog, criei este.
O nome “O Pierrot Mal Amado” veio da minha identificação com a personagem melancólica que, sensível, sofre por amor enquanto sua amada ama a outro. A maior fonte de inspiração veio da música “Colombina”, do Ed Motta.

2. Sobre o que mais gosta de escrever?
Gosto de contar coisas que aconteceram comigo, seja recente ou de muito tempo. Inclusive, acredito que sejam as postagens que as pessoas mais gostam de ler. Dizem que eu conto bem os fatos.

3. Tem algum Site favorito?
Sim. O da Quartel Design, por incrível que pareça, sempre me inspira.

4. Admira a beleza de alguém em especial?
Acho tanta gente bonita. Até gente que normalmente ninguém acha bonito (a). Mas, acho que sou meio narcisista. Sofri tanta rejeição ao longo da minha infância, que hoje quando me olho no espelho e vejo a mim mesmo, sendo capaz de admirar minha própria beleza, eu agradeço a Deus por isso. Creio que seja eu mesmo essa pessoa especial a quem admiro pela beleza.

5. Suas qualidades (pelo menos três).
Organizado (eu tento).
Alguém de palavra.
Sincero/Verdadeiro.

6. Seu maior sonho.
Ter um ministério próspero através da música, com pessoas que acreditem nos mesmos ideais que eu, a ponto de viver integralmente por eles, viajando pelo país e pelo mundo atendendo a chamados de pessoas que precisam de ajuda. Isso, mesmo que eu não seja reconhecido na mídia. Quero estar sempre cheio de Deus, no Centro da Vontade d’Ele.

7. O que gostaria de ganhar de presente hoje?
Inspiração para compor uma música que eu não acreditasse que fui eu quem compôs.

8. O que te deixa feliz?
Perceber que sou realmente especial para alguém a quem eu considero especial. Ver que não estou amando sozinho, que aquela amizade vale a pena.

9. Um lugar incrível que conheceu.
Foz do Iguaçu – Paraná.
O lugar é incrível, mas creio que não teria sido igual sem as pessoas que estavam lá comigo (meus amigos de CTMDT 2008/2009).

10. Cor preferida para roupa e cor preferida para decoração.
ROUPA: Azul e Branco.
DECORAÇÃO: Azul e Branco.

11. Eu sou...
Douglas Rodrigues de Oliveira. (E mesmo que me definir como meu próprio nome possa parecer algo bobo, para mim tem um significado muito forte, pois descobri minha própria identidade e passei a me amar como sou).