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Meu Deus... Cresci!

Gostaria de saber quem foi que acelerou o relógio da vida. Parece que foi ontem que eu me pegava brincando com meus amigos no quintal de casa, em meio a muita correria e gritaria. Quando o quintal não nos comportava, íamos para alguma rua sem saída. Dependia de com quem queríamos brincar. Se queríamos assistir a bons desenhos e jogar vídeo game, íamos para a Rua Beatriz (onde as crianças tinham tudo). Se precisávamos ensaiar nossos shows de "circo", íamos para a Rua Valéria, onde o meio-fio era mais alto e se transformava em palco para nossas artes. A Rua Vitória era mais escura, ou seja, o lugar certo para fazer coisa errada. Quando a vontade era de jogar queimada, rir de bobeiras e até arrumar confusão, o melhor era a "Travessa Dona Tereza". Era a rua mais povoada por crianças (Ê, povo pra ter filho!). Eram primos de amigos, amigos de primos, amigos de amigos... E todos se divertiam muito como amigos e também como rivais.

Como era bom!
E, como eu falei, parece que foi ontem. Só que o problema é que parece ter passado tão pouco tempo desde aquela época... Por esses dias eu estava dizendo a um amigo que fez 18 anos como funciona o processo de alistamento e recrutamento. Falei pra ele, baseado em como havia sido comigo quando minha vez chegou. Ele gravou um vídeo após ser dispensado e disse as seguintes palavras: "Não estamos mais no século passado! As coisas não são mais como eram há DEZ anos atrás!", e descreveu um processo totalmente diferente do qual eu passei. Por um segundo, eu ouvi o barulho da ficha caindo e pensei: "Cara, ele tem 18 anos, e eu 24! Eu me alistei em 2008, ou seja, há longos SETE anos atrás! Eu já sou um velho!". #Drama

Agora há pouco fui comentar no Blog de um leitor daqui que mencionou "Meninas Malvadas", por causa deste Post. No comentário, eu disse que gosto dos filmes com a Lindsay Lohan, desde que eu era criança. Na hora em que eu pensei em perguntar se ele se lembrava de "Operação cupido", eu parei, olhei para a Bio dele e li "17 anos". "Não... Ele não assistia a esse filme na 'Sessão da Tarde'", foi o que pensei. E, mais uma vez, a sensação de velhice bateu.

O pior é que eu olho pra algumas pessoas que, assim como eu, "não cresceram" e penso: "Tadinho... Esse tipo de gente que não se manca que não é mais adolescente. Parece que esqueceu de crescer". Seria isso "perceber o próprio defeito nos outros"? 'Sim', ou 'Com certeza'?!

O fato é que eu sempre gostei tanto de ser criança e minha adolescência também foi tão marcante (apesar de todos os conflitos), que eu não sinto como se tivesse toda a idade que eu tenho... Mais uma vez eu digo: "Parece que foi ontem!". Foi o tempo que acelerou, ou fui eu quem esqueceu de crescer?

É claro que eu tenho responsabilidades de adulto. Só que, antes de assumi-las, meu inconsciente pensa: "Sou tão jovem para estar assumindo esta responsabilidade!". Só que, cara, na verdade eu não sou! Estou na idade certa. Meu cérebro que me engana. Talvez porque naqueles cadernos de perguntas (meu Deus!) eu tenha escrito por diversas vezes que me casaria aos 21, moraria em Londres e teria 7 filhos, só que aos 24 eu estou solteiro, morando na casa dos meus pais, ainda concluindo uma Pós-graduação. Será que é por isso que eu tô perdido no tempo?

Eu ainda leio livros de ficção, e prefiro esse tipo de leitura do que os jornais ou livros daqueles - de adultos... (me refiro a eles como se eu não fosse um deles...) Mantenho um Blog sobre minha vida. Deve ser por isso que a maioria dos blogueiros com quem interajo tem, no máximo 21 (e, no mínimo 14).

Tô me sentindo tão retrógrado agora que parei para pensar nisso tudo! Será que eu deveria trocar meus tênis por um sapato social, minha mochila por uma pasta, meus livros de ficção por leitura histórica ou científica? Será que eu deveria parar de brincar de 'pique' com as crianças e deixar de ser a alegria delas nas festas de família? Tenho vários vídeos ensinando brincadeiras novas para elas durante as festas.

Será que eu tô em crise existencial?

Meu Deus!

Pena que a vida não é um filme onde 30 é a "idade do sucesso", e a gente pode ver como nada disso é verdade e voltar pros 13, onde tudo realmente valia a pena.



(Tô loko)

Até amanhã.

1991 - O ano em que nasci

Você já se perguntou como estava o mundo e como era a vida das pessoas que você conhece no ano em que você nasceu? Já tentou imaginar como era viver na sua casa? O que era exibido quando alguém ligava a televisão? Quais músicas tocavam no rádio? Ou quais filmes estavam entrando em cartaz no cinema?

Eu confesso que nunca procurei saber a fundo como era o mundo no ano em que nasci (1991) e também nunca vi graça nesse ano, afinal, não tinha ideia do que estava acontecendo, uma vez que foi meu primeiro ano de vida. Quase nada fazia sentido pra mim, além de chorar, comer e dormir.

Só que ontem, vi esse Post no Blog do Kauã Gauvão, onde ele conta um pouco sobre como o mundo estava quando ele nasceu: 1996. Tudo o que ele relatou fez sentido pra mim, já que em 96, enquanto o Kauã nascia, eu tinha 5 anos. Achei muito legal a ideia e decidi escrever sobre 1991, o ano em que eu nasci. Pra escrever, precisei pesquisar, e fiquei alucinado por esse ano! Apesar de saber que não foi bem assim, a sensação é de que o meu nascimento tivesse feito tudo acontecer. Vou te deixar ver com seus próprios olhos e tenho certeza de que vai curtir.

TELEVISÃO


Começando por minha paixão de infância, 1991 deu espaço a muitos programas que marcam a memória de muita gente até hoje. A qualidade das programações não estava nos efeitos de computação gráfica, mas nas boas histórias, músicas e todo tipo de entretenimento. Também tinha coisa ruim, mas prefiro não mencioná-las aqui.

  1. 03 de janeiro de 1991 - "Blossom" estréia na NBC.
    Eu odiava o seriado quando era criança, mas tenho certeza que era por minha pouca idade.
  2. 26 de abril de 1991 - "Família Dinossauros" estréia na ABC.
    Esse seriado é inesquecível!!!
  3. 20 de maio de 1991 - "Carrossel" estréia no SBT.
    A primeira versão, desde então, reprisada mais de 500 vezes pela emissora.
  4. 11 de agosto de 1991 - "DOUG" estreou na Nickelodeon.
    Isso mesmo! "DOUG" também é de 1991. Que emoção!
  5. 19 de agosto de 1991 - Estréia o "Plantão Globo".
    Com aquela musiquinha que assusta geral!

CINEMA



Outra surpresa pra mim foram os filmes lançados em 91. Muitos são assistidos até hoje nas "Sessões da Tarde" da vida e, literalmente, fizeram parte da minha.

1. Meu Primeiro Amor (1991) - O filme conta a história de uma garotinha que é obcecada com a morte pois sua mãe morreu e seu pai é um agente funerário que não lhe dá tanta atenção. A menina é apaixonada pelo professor de poesia e tem um amigo que é alérgico a tudo. A história dos dois é incrível, muito divertida e triste ao mesmo tempo, pois o menino morre vítima de um ataque de abelhas. Só então a menina descobre que ele era seu primeiro amor. (#Cry)

2.  Hook - A volta do Capitão Gancho (1991) - Na verdade, eu não gostava de ver esse filme quando passava na televisão, e só o assisti este ano na Netflix. É como uma continuação da história do Peter Pan, só que parece que ele viveu tanto tempo no mundo real que esqueceu quem era, cresceu, constituiu uma família e vive ocupado com o trabalho. Até que, um dia, o Capitão Gancho sequestra os filhos do Peter Pan, e ele tem que redescobrir o prazer de amar e imaginar como criança, para conseguir vencer o mal. Por fim, esse filme me leva a refletir especialmente nessa necessidade de, de vez em quando, voltar à "Terra do Nunca".

3. A Família Addams (1991) - Acho que nem preciso falar nada sobre esse filme. Apesar de minha mãe detestar filmes assim (com monstros, seres de outro mundo, aparente mente zumbis), eu acho muito engraçado e criativo. Assistia sempre que passava na televisão!

4. De volta à Lagoa Azul (1991) - É a continuação do filme "A lagoa azul", conta a história do filho de Richard e Emmeline, mas eu não vou perder tempo contando a história toda, porque você com certeza já deve ter assistido na "Sessão da Tarde".

MÚSICA

A música no Brasil, em 1991, está marcada na memória de muita gente até hoje! Selecionei aquelas que estão marcadas na minha, é claro! Fosse no rádio, televisão ou qualquer meio que levasse música ao ambiente, o que estava na boca (e nos ouvidos) do povo eram sucessos como "É o amor" (Zezé di Camargo e Luciano), "Beija eu" (Marisa Monte) e "W Brasil - Chama o Síndico" (Jorge Benjor).

No cenário internacional, "All the man that I need" estourou na voz de Whitney Houston. Eu até pensei que não conhecia essa música mas, assistindo o vídeo, percebi que a conheço em uma versão Gospel na voz da cantora Jamily.


Descobri que duas das músicas de Mariah Carey, que eu mais gostava na minha infância, também foram sucesso em 91. São elas "Love Takes Time" e "Someday". Ambas fazem parte do meu repertório de chuveiro até hoje!



FATOS SOBRE O ANO

Pra terminar, selecionei alguns fatos, além do meu nascimento, que marcaram 1991. Alguns deles são verdadeiros marcos históricos, e me orgulho de que tenham acontecido no ano em que nasci.



  1. Em 19 de janeiro de 1991, começa a segunda edição do "Rock in Rio".
  2. Em 20 de outubro de 1991, Ayrton Senna conquista o tri-campeonato na Fórmula 1.
  3. No dia 24 de novembro de 1991, morre Freddy Mercury, líder do grupo musical "Queen", vítima de AIDS.
  4. No dia 31 de dezembro de 1991, a URSS (União das Repúblicas Sociais Soviéticas) deixa de existir.
  5. Também em dezembro de 1991, ocorrem os jogos Panamericanos na cidade de Havana (Cuba).

Me diverti escrevendo este Post e não me arrependo do tempo que ele demorou para ficar pronto, aliás, foram três dias, em meio a longas pausas e correria. Foi uma experiência e tanto! Espero que tenha gostado, porque eu adorei pesquisar, escrever e descobrir sobre o ano em que nasci, inclusive, em meio às consultas, descobri que o dia 21 de janeiro de 1991, dia em que nasci, caiu numa segunda-feira!

E você? Sabe tudo sobre o ano em que você nasceu?

Escreva!


Sabe quando vem aquela vontade de escrever, mas parece que a gente não tem o que escrever? Sei lá! É como se no cérebro da gente se formasse um emaranhado em meio a muitos (ou a nenhum) pensamentos. Daí, a gente se pergunta: "O que fazer quando queremos colocar uma história para fora, mas tudo o que conseguimos é olhar para aquela página em branco com o cursor piscando na tela?". Admito. Eu mesmo entrava em uma grande crise existencial quando isso acontecia. Isso mesmo! "Acontecia". Hoje, isso não me afeta mais.

Eu havia aprendido no Curso de "Composição" que escrever é a etapa final de um longo e amplo processo de reflexão, e esse processo começa com uma ideia. Até aí, tudo bem. Só que a professora também disse que não adianta pegar uma folha em branco e simplesmente começar a escrever sem antes refletir no que pretendemos fazer pois estaríamos apenas "enchendo linguiça". Eu acabei aderindo essa regra para todo e qualquer tipo de escrita. Só que o curso (como eu já disse) era de Composição, e escrever uma história é diferente de escrever uma música.

É claro que é importante ter uma ideia de sobre o que iremos escrever, mas e naqueles dias que você QUER escrever, mas o seu cérebro não colabora nada muito? O que a gente faz? Fica refletindo sobre o que gostaria de escrever? Como? Se não temos nada em mente, caramba?! O fato é que enquanto eu seguia à risca o conselho da professora de Composição, eu preferia jogar o computador pra um lado, caderno e caneta para o outro e ir tirar uma soneca. Pensei até em desistir da escrita.

Até o dia em que conheci Anne Lamott (olha ela aí de novo), que me desvendou o segredo: "escreva".


"Mas, escrever sobre o quê?", você pode se perguntar. "Escreva sobre qualquer coisa.", ela diz. Que tal começar pela sua infância? Descreva suas recordações, tente descrever as pessoas, como elas eram, como se vestiam, o cheiro que tinham. Descreva lugares onde você já esteve, ou o próprio lugar onde você está enquanto escreve. O importante é deixar fluir (naturalmente) de você a escrita. Se você fizer isso todos os dias, chegará ao ponto de ser pouco afetado pela falta do que escrever.

Eu tenho aplicado isso no meu dia a dia como escritor e confesso que no começo não foi fácil. Eu pensava: "Mas, eu não quero escrever sobre a sala onde estou, não quero escrever sobre minha infância, quero escrever aquela história na qual eu tenho trabalhado todo esse tempo!". Mas, quanto mais eu pensava assim, mais a história ficava parada, sem ideias do que escrever.

Depois de muito relutar (e xingar aquela ideia tosca de escrever sobre qualquer coisa), fui vencido pela falta de forças. Resolvi aderir à ordem da (queridíssima) Anne. Passei a escrever sobre o que me viesse à mente em qualquer folha de papel que tivesse à mão. Enquanto eu fazia isso, era como se tirasse os entulhos do meu cérebro, ia despejando no papel aquilo que estava impedindo que as novas ideias viessem à tona e fossem transformadas em história.

Foi incrível! Quase terapêutico.

Depois que eu finalizava o texto, dava uma volta, bebia uma água, fazia um xixi e voltava para ler o que havia escrito. Em meio à toda aquela informação, é claro que tinha coisa que eu lia, pensava: "What?!" e deletava sem pena, mas sempre (SEMPRE) havia coisas boas de se ler em meio a tudo aquilo. Bastava organizar as ideias, acrescentar algumas frases, palavras, retirar outras, e "voilà!". Você escreveu um bom texto.

Quando eu aceitei o desafio de ter um Blog, pela primeira vez eu não tive medo de não ter o que escrever. Fiquei bem tranquilo em saber que se o bloqueio viesse, era só começar a escrever, desentulhar as ideias e depois, ler tudo, retirando as partes ruins e aproveitando aquilo que fosse digno de ser publicado.

Faço minhas as palavras de Anne Lamott. Quando vier o bloqueio, escreva!

Até amanhã.

Douglas.


A tentação de ser uma cópia

Eu confesso que durante a escrita da história da qual falei neste Post eu queria que ela fosse o próximo "Harry Potter", "As Crônicas de Nárnia", "O Senhor dos Anéis". Eu passei a ler os livros dos meus autores favoritos com um olhar hiper clínico, na intenção de pescar a forma como eles descreviam os objetos, as personagens, como davam ação à uma cena. Isso não seria ruim de todo se eu apenas os tivesse como inspiração e não quisesse copiá-los.

Eu queria ser os escritores que eu mais admiro. Mas só tem um detalhe: eles já existem.

O que fez piorar tudo na minha vida de escritor foi a noite em que tive um sonho onde a professora de literatura/produção textual (seja qual for o nome da disciplina, era uma aula onde escrevíamos nossos próprios textos), era ninguém menos do que a própria J. K. Rowling (Jo, para os íntimos - mas, como eu não sou íntimo, vou continuar me referindo a ela como J. K. Rowling. [Risos]).

No sonho, ela conversava conosco (os alunos) sobre sua forma de escrever, dando várias "manhas" de nosso texto ser do nível dos dela, e eu olhava para ela com total admiração, dialogava com ela, às vezes tirando dúvidas que eu nem tinha, só pra mostrar que eu estava interessado na aula. Enfim, tê-la como minha professora era a "benção" que faltava para que meu livro realmente se tornasse o próximo "Harry Potter". Não demorou para eu perceber que tudo aquilo não passava de um sonho e mesmo tentando voltar para ele quando acordei, era simplesmente impossível.

Fato é que depois daquilo eu não queria mais escrever igual a mim mesmo. Eu queria fazer jus ao sonho e comecei a tentar escrever como minha querida professora, J. K. Rowling. Vocês podem imaginar no que deu: frustração sobre frustração. Especialmente quando eu mostrava para minha sobrinha (e leitora de tudo o que eu escrevo), Caren, e ela via algo pouco nada original em tudo o que eu escrevia. Eu não copiava nomes, ideias, nada disso, só não era eu quem estava escrevendo. Minha identidade não estava naquelas páginas.

O que eu quero dizer com tudo isso é que se você quer escrever seu próprio livro, precisa saber que a graça está na própria escrita, no prazer de poder imprimir no papel um pouco de você mesmo, mas se você trocar toda a sua espontaneidade por árduos esforços para se parecer com seu ídolo, escrever vai se tornar algo muito (eu disse MUITO) desgastante, e ao invés de se deleitar em sua própria escrita, você irá se enfadar só de pensar em todo o trabalho que terá para produzir mais uma página imaginando que quem está escrevendo é aquele outro escritor (a quem você venera).


As pessoas que costumam ler o que eu escrevo, sempre comentam comigo o quanto se sentem atraídas pela leitura dos meus textos. Amigos vêm até mim contar que riram horrores diante de seu computador com os "causos" que eu conto em um outro Blog, especialmente sobre o período em que estava no internato. O fato de eu não querer escrever como eu mesmo fez com que eu perdesse minha essência, minha identidade, e isso por um longo período. Mas, depois que percebi onde estava errando, eu decidi dar um basta e aceitar escrever como escrevo. E como é bom ser quem eu sou, e ainda poder usar as palavras para me expressar como só eu mesmo sei fazer!

Se meus escritos forem lidos por pucos, ou servirem para registrar algo apenas para mim mesmo, ficarei feliz. Se eles forem lidos (e se tornarem o próximo Harry Potter - o que, hoje, eu não faço a menor questão), ficarei feliz do mesmo jeito, porque o prazer de escrever está na própria escrita.

Até amanhã!

(Im)perfeito de mais para ser um escritor

O ano era 2007. Eu estava na casa de minha irmã. Ela me trouxe o manuscrito de uma história que estava idealizando. Era algo extremamente rústico, apesar de haver ali boas ideias para uma história. Eu não conseguia visualizar as cenas devido a falta de detalhes, a maioria das personagens era muito caricata.

Ela pediu minha ajuda para que a história pudesse melhorar e, durante toda uma tarde eu despejei minha criatividade naquele manuscrito. Eu tinha 16 anos, minha criatividade estava à flor da pele e minha irmã adorou tudo o que eu havia escrito. Só que para todo elogio, existe um “porém”, e quando esse “porém” veio, eu tive imediatamente um grande bloqueio criativo.

Creio que um perfeccionista quando criticado tem reações não muito legais. Naquele tempo, eu ainda não sabia muito bem como lidar com as críticas. Afinal, quando escrevemos, mesmo que uma ficção, colocamos no papel um pouco de nós mesmos, nosso coração está naquelas páginas e, quando o que produzimos é criticado, é como se criticassem quem nós somos (aprendi isso com a querida Anne Lamott). Isso é uma grande verdade.

Aquele bloqueio me fez rejeitar tudo (eu disse TUDO) o que eu mesmo escrevia. Parecia que nada bom poderia sair de mim novamente. Aquilo durou muito tempo. Tempo suficiente para que eu me mudasse do Rio de Janeiro para estudar em um internato em Belo Horizonte (MG), onde aquela história ficou completamente esquecida.

Durante aquele tempo, eu tive contato com um novo mundo. Meus amigos eram pessoas de diversos estados do país (e até de outros países). Algumas disciplinas complementares (entre elas, “Composição”), me ajudaram a evoluir em minhas técnicas de escrita. O melhor de tudo é que, ali, nossa arte era exposta e extremamente criticada pelos professores e, principalmente, por meus próprios amigos.

Foi assim que eu comecei a aprender a lidar com as críticas. Tanto as boas quanto as ruins.

Apesar de meu gosto ter ficado mais refinado no internato, eu fiquei um pouco (muito) neurótico quanto às coisas que eu escrevia. Por ter aprendido um “padrão” para a escrita, eu agora exigia que tudo meu (e até das pessoas ao meu redor) seguisse aquele padrão, e o que fugisse daquilo não estava bom. Foi dessa forma que eu mesmo cortei as asas de minha criatividade. Pois a criatividade não se encaixa em uma caixinha. Já dizia o grande Albert Einstein que “a criatividade é a inteligência se divertindo”, e se você padroniza a criatividade, ela deixa de existir.

Foi depois de muito choro, lamento e pedidos incessantes de minha irmã que eu decidi retornar à escrita daquela história. Havia se passado seis (eu disse SEIS) anos. O ano, agora, era 2013.

Era a este ponto que eu gostaria de chegar.




Desde o momento em que decidi retomar a escrita, mesmo vendo em mim muitas limitações, um leque se abriu para mim (imaginei a Nani People! Kkk... Vou mudar a comparação). Desde que retomei a escrita daquela história apesar de minhas limitações, novos horizontes se revelaram diante de mim e, na prática, eu fui aperfeiçoando minha escrita.

Hoje, ainda estou no processo de aprendizagem para ser um bom escritor e decidi que deveria compartilhar aqui um pouco do muito que aprendi em um ano, sobre escrever meu próprio livro, para que se você também deseja fazê-lo (mas também se vê como eu me via), você possa ter suas neuras dissipadas, assim como a maioria das minhas foram.

Não sou um escritor perfeito. Aliás, sou eu meu próprio editor de conteúdo. Mas, não poderia deixar de compartilhar com quem precisa aquilo que aprendi de bom nessa caminhada "dando uma de escritor". Espero que os muros onde eu quebrei a cara sirvam para que vocês não precisem esperar por seis longos anos para ver uma história sua tomando vida.


Ao longo deste mês, vou postar especificamente sobre as neuras que você deve perder para ser um escritor. É claro que vou contar como eu perdi muitas das minhas.

Você acha que tem um livro dentro de você? Então, prepare-se! Vou tentar ajudar a colocá-lo para fora.

Até o próximo Post!

Tudo tem seu lado ruim


Conforme os dias de Agosto vão se passando eu vou me inspirando para escrever os Posts diários do BEDA, eu comecei a perceber que ele tem dois lados: um bom e um ruim (não o Blog, o BEDA). Decidi que seria justo usar este Post como uma forma de "desabafo", pois os pontos negativos estão entalados aqui, mas não quero ser daqueles chatos que só veem o copo meio vazio, então, decidi falar sobre os pontos positivos também (porque eles existem), e não, não vou desistir do BEDA pois estou adorando minha própria experiência com ele.

O LADO BOM DO BEDA

Entre as coisas boas que estão acontecendo no BEDA está o fato de que eu tenho me auto desafiado todos os dias e percebi que sou capaz de me organizar para escrever um texto por dia, se eu tiver força de vontade. Tem sido um desafio mesmo! Mas, cara, a gente já está no sexto dia e eu tô conseguindo!

O LADO RUIM DO BEDA

Fico triste quando vejo que tem amigos que começaram com a corda toda, mas que não conseguiram cumprir um dia e acabaram "jogando a toalha", especialmente quando eu havia me programado para acompanhar as postagens deles.

O LADO BOM DO BEDA

Meu Blog favorito (de todos os tempos) não é nenhum daqueles cheios de recomendações que imitam aquelas revistas teen, dando dicas e tal. Eu gosto de Blogs que falem de pessoas reais, em vidas reais, que contem histórias do cotidiano e falem sobre gostos pessoais de forma pessoal. Eu sei que ainda não chegou o dia de fazer indicação, mas eu preciso dizer que o melhor lado do BEDA é que meu Blog favorito está sendo atualizado pela dona (peladona??) todos os dias. Pra quem quer saber qual é, eu digo, pois vale a pena conhecer o "Minha vida como ela é", ou o "Blog da Analu", como eu costumo chamar. A Analu (ou Ana Luisa Bussular) é uma pessoa muito querida e eu adoro ler tudo o que ela escreve. Sou um fã, de verdade.

O LADO RUIM DO BEDA

Tem uma galera aí que enche tanto linguiça que começa a publicar uns Posts sem conteúdo, sabe? Só pra dizer que postaram naquele dia e conseguiram cumprir o desafio do BEDA. Aff! 

O LADO BOM DO BEDA

Outra coisa boa que o BEDA tem me trazido foi escrever para mim mesmo. O fato de saber que não haveria comentários muito consistentes por parte dos visitantes fez com que eu escrevesse pelo prazer da escrita e não para ganhar comentários ou visitas.

O LADO RUIM DO BEDA

Como eu entrei no BEDA através de um Grupo do Facebook do qual faço parte (o ROTAROOTS), temos uma planilha online, onde relatamos os links para o Post do dia. Isso faz com que nosso Blog fique acessível a todo tipo de pessoa, mas não é esse o lado ruim. O lado ruim é que essas pessoas (obviamente) também estão participando do BEDA e (diferente de mim) ávidas por visitantes/comentários em seus Blogs, daí, comentam qualquer coisa nas minhas postagens. Sabe aquela galera que faz uma meia "leitura dinâmica", ou vê as imagens do Post e comentam um "Oi"? 

Eu não vou ser falso, eu retribuo as visitas aos Blogs que comentam aqui, mas só comento os que me interessam, exatamente pra não ter que ficar "enchendo linguiça". Quem lê meus comentários vê que eu só comento quando realmente tenho algo a acrescentar. Prefiro ter um Post com ZERO comentários do que um cheio de comentários inúteis (#ProntoFalei!). Poxa, a gente tem uma trabalheira danada pra dar nosso melhor aqui nas postagens e vêm comentar qualquer coisa?! Dá um tempo! Por favor, não se dê ao trabalho de comentar. (Beijos).


O LADO BOM DO BEDA

Conheci poucos Blogs novos, mas os que conheci e gostei, com certeza serão eternizados no meu Blogroll! Sabe aqueles que você visita e todo dia tem coisa boa? (Tipo o da Analu). No fim de semana eu indico o que mais gostei.

O LADO RUIM DO BEDA

Eu deixei minha vida profissional bastante de lado (que minha chefe não leia este Post) pra ficar escrevendo, lendo blogs alheios, pesquisando, comentando, enfim... E, como todos os Blogs da planilha estavam postando todos os dias, uma vez que a proposta do projeto é exatamente essa, eu não pude acompanhar todos como gostaria. Infelizmente.

O LADO BOM DO BEDA

Por fim, o lado bom do BEDA é que eu tô adorando! Tô até conseguindo conciliar com o trabalho já.

Até amanhã!


Natal em Agosto?

Eu sei que ainda estamos em Agosto, mas eu estou no maior climão de Natal. Parece loucura, né? Eu também acho. Mas, não está sendo de propósito.

Tudo começou na casa da minha irmã, em Santa Catarina, quando fui visitar o Noah.

Minha sobrinha Caren, de 16 anos, nunca tinha ouvido falar do Dubsmach (Meu Deus! Em que mundo ela vive?!) e, depois que baixou os app no celular, a gente fez uma dublagem desta cena. Pra piorar, à noite a gente decidiu assistir "Meninas malvadas" pela milésima vez.

"Mas o quê 'Meninas malvadas' tem a ver com Natal?", você pode ter perguntado. Por nada além de uma apresentação tosca de "Jingle bell rock" que as meninas fazem vestidas de mamãe Noel (kkk... Nada a ver!)


O caso é que depois do filme eu comecei a sentir muita (mas, muita) vontade de ouvir música de Natal, com sinos, pandeirolas (ou seja lá o nome que aquele instrumento tem) e vozes em coro. Apesar de ouvir todos os demais álbuns da carreira da Mariah, eu nunca havia escutado nenhum de seus CDs de Natal, a não ser uma vez ou outra a famosíssima "All I want for Christmas is you"

Entrei no Spotify e dei de cara com o segundo álbum de Natal da carreira dela "Marry Christmas II you" e não consegui passar da primeira música ("Oh Santa!"). Achei tão ótima que coloquei pra repetir, repetir e repetir...  Logo baixei a "All I want..." e, apesar de não ser Natal, foi assim que entrei no clima natalino.



Em Abril do ano passado eu entrei numa livraria e comprei quase todos os livros que eu queria. Fiz uma fila de qual seria a ordem de leitura e a cumpri quase fielmente, exceto por um. "Deixe a neve cair", era um livro que eu queria ler em época de Natal. Coisa da minha cabeça, mas eu queria estar no clima pra desfrutar o melhor daquela leitura. Contudo, o Natal chegou e quem disse que eu estava a fim de ler esse livro? Entrei em uma ressaca literária profunda e ele ficou completamente encostado no meu armário.


Só que essa semana eu perdi (dentro de casa, acreditem!) o livro que estou lendo - "O menino do pijama listrado") - mas, como a ressaca literária passou e eu estava com muita vontade de ler um livro, tive que partir para outra leitura. Aproveitando o espírito natalino, não pensei duas vezes e resolvi lê-lo. Até que eu tô gostando...


Ontem, acessei este Blog, que trazia um Post (super fora de época, como este aqui) que falava sobre tipos de presente que não se deve dar em "Amigo oculto". Na lista estavam os seguintes itens:

  • Sabonete;
  • Perfume;
  • Chocolate;

Realmente, cara! Sabonete é um presente tão perecível e baratinho pra se dar de "amigo oculto"... Perfume é algo tão pessoal pra se dar de presente (a não ser que você conheça o gosto da pessoa) e chocolate a gente come e lá se foi o presente! Aliás, é Natal ou é Páscoa?

Eu não pude deixar de incluir naquela listinha os presentes que eu acho que ninguém deveria ganhar em "amigo oculto". São eles:
  • Potes de cozinha;
  • Roupa (igual ao perfume, acho que gosto é muito pessoal - já ganhei várias roupas que nunca usei);
  • Chinelo (uma vez eu ganhei um chinelo tão estranho - pareciam duas pranchas de surf - e ainda tive que usar pra agradar quem me deu);
  • Meias (é frustrante. Já ganhei de aniversário).

Pra completar a doideira natalina, ontem, voltando do trabalho eu vi pendurado na frente de um caminhão, um Papai Noel de pelúcia. Lembrei do dia em que eu estava tranquilamente fazendo as compras de Natal com meu pai e fui surpreendido quando olhei para a rua e vi uma pequena frota de caminhões de Natal da Coca-cola e fiquei rindo igual criança. Desde pequeno eu assisto, na televisão, os comerciais onde o Papai Noel desenhado atrás do caminhão pisca pro garoto. Fiquei emocionado, na hora.

Por fim, todo esse clima natalino que está me cercando, me levou a refletir sobre uma coisa: "E se fosse Natal todo dia?". A princípio, eu pensei que logo perderia a graça, pois se desgastaria com o passar do tempo. Mas, por outro lado, parece que no Natal as pessoas tendem a dizer o que elas gostariam de dizer ao longo de todo o ano, elas tendem a estar ao lado das pessoas que mais amam, a se reunir em volta de uma mesa para sorrir e deixar de lado as diferenças. Depois de um suspiro bem fundo, pensei: "Quem dera, se todo dia fosse Natal!".

Feliz Natal!




Não era pra ser um desabafo - BEDA #1

Não tô legal.

Pensei que logo no primeiro dia de fazer as indicações da Semana 1 do BEDA, eu estaria transbordando amor e generosidade, mas o quadro que se apresenta na realidade é o de um Douglas com o sono totalmente atrasado que teve que trabalhar de manhã em uma reunião a qual ele teve que planejar (e trabalhar para que tudo desse certo, ao longo de toda uma semana), e depois da tal reunião, tive que ir direto pro finalzinho da aula na Pós.

Cheguei a tempo de fazer a avaliação final e mandei uma letra na professora, pois apesar de ter faltado à primeira aula (por estar em Santa Catarina) e ter chegado praticamente no final da aula de hoje (por estar trabalhando), na aula em que eu compareci eu dei o melhor de mim, como teria dado se estivesse presente em todas. É claro que eu aproveitei as explicações da professora para atualizar o Blog e visitar a todos os Blogs que eu gosto (Cara, fala sério! Aula de 8h da manhã às 17h!) mas, tirando isso, eu prestei atenção e atingi o objetivo da disciplina. Quando ela perguntou quanto eu deveria tirar, eu respondi na lata: Dez! E não estou com nenhum peso na consciência... E o fato de eu estar escrevendo isso aqui não significa nada. Nada mesmo. rs!

Amanhã tem mais um monte de coisa pra fazer, ou seja: não haverá final de semana. O que me consola é saber que no dia 25 de Agosto tem feriado municipal aqui onde eu moro e eu poderei descansar, finalmente. Acho que foi por isso que hoje foi a primeira vez, desde que aceitei o desafio, que eu pensei em desistir do BEDA (Confesso). 

Mas, o Post de hoje não é pra ser um desabafo, e não será!

Eu fiquei feliz pra caramba hoje. Enquanto fazia a tal avaliação proposta pela professora, aproveitei o sinal aberto da universidade pra ver meus e-mails e, como eu recebo os comentários do Blog por e-mail, eu vi que havia mais um comentário e fui retribuir a visita para ver se o Blog de quem comentou me seria interessante. Quando acessei, tive uma surpresa, porque O MEU BLOG estava nas indicações na Postagem de hoje daquele Blog! Cara, fiquei sem palavras. Daí, tive que cumprir com a promessa de indicar os posts que mais gostei de ler ao longo dessa primeira semana de BEDA.

Não tive muito tempo, cabeça, saco pra visitar a quantidade de Blogs que gostaria. Na maioria das vezes estava muito ocupado com o trabalho ou com minhas próprias postagens aqui, mas dos poucos que acessei, aqui estão os que mais gostei:

Presentes que não devemos dar no amigo secreto/oculto (Jeff Borges) - Cheguei a mencionar este Post na minha postagem "Natal em agosto?". Estava morrendo de sono quando acessei esse Blog e pensei "Vou ler o primeiro parágrafo...", mas quando menos esperei já estava comentando após a leitura de todo o texto. É um texto divertido. Por isso, recomendo.

Resenha: 'Anexos', de Rainbow Rowell (Douglas Vasquez) - Outro que eu não canso de visitar e comentar é o "Aquele clichê", que traz indicações de música, livros e aborda assuntos interessantes de forma muito pessoal. Tem a cara do dono! E eu adoro Blogs assim. O Doug é um cara que eu até adicionei no fb e já até tentou me ajudar a solucionar um pequeno problema que estou tendo pra postar Playlist aqui no Blog. Recomendo mesmo!

8 tweets que comprovam que eu assisto a filmes demais (Eliana Lee) - Este Post é divertidíssimo! Eu fiquei sorridente diante do computador, imaginando as situações. Dá uma conferida que você também vai gostar. A Eliana é uma pessoa ótima, também. Por causa da correria estou em dívida com ela, pois gostaria de ler todos os seus Posts, mas por ela estar no BEDA, postando todos os dias, há muitos textos acumulados, mas eu não desistirei. Apesar da minha infidelidade, ela permanece vindo aqui me visitar e deixar seus coments. Depois de ler este Post, eu fiz questão de começar a segui-la no twitter.

Você fica defendendo os gays (Felipe Fagundes) - Ele não está participando do BEDA, mas deixou um comentário aqui e, quando retribuí a visita, eu adorei seu jeito de escrever. Sabe aquele texto natural, que prende a nossa atenção como se estivéssemos ouvindo a pessoa que o escreveu conversando com a gente? Ele é muito claro em seus argumentos e na narração de suas histórias. Esse texto, especialmente, me chamou atenção. Achei interessante a percepção dele.

Sobre batalhas e invenções 06/31 (Ana Luísa Bussular) - Pra fechar com chave de ouro, indico este Post da Analu, do "Minha vida como ela é". Esse texto era pra ser meio que uma resenha de um livro que ela leu, mas ela conseguiu me emocionar quando expressou o que a história desse tal livro causou nela como pessoa. Já copiei e colei o link pra vários amigos que também se emocionaram.

Por hoje é só. Feliz por ter cumprido o desafio de hoje e torcendo para estar um pouco mais animado amanhã.

Abraços.