O lado bom da normalidade

O mundo blogueiro não é mais o mesmo há tempos.
As próprias redes sociais, como Facebook, não têm sido bons lugares para publicar textos.
Em tempos onde as livrarias estão fechando, indo à falência, não há otimismo quanto à escrita e leitura.

Estou de volta à casa dos meus pais, onde costumava escrever meus textos mais reflexivos.
Acredito que o ambiente familiar seja um terreno propício para as crises e necessidade de isolamento que tanto me inspiraram a escrever.
O fato de sempre ter me sentido deslocado, diferente da minha família, sempre me fez refletir muito sobre minha existência, meus propósitos de vida.

Hoje em dia, considero-me alguém mais maduro.
Apesar dos pesares, eu venho crescendo por dentro, como um ser humano a quem admiro e me orgulho de ter me tornado.
Algo que tem se passado muito nos meus pensamentos é a questão de estar vivendo uma fase, afinal, a vida é feita delas. Nada é permanente. Tudo muda.

Estamos em um momento de comemoração em família, entre irmãos. Somos seis filhos. Temos meu pai e minha mãe com vida e saúde. E aqueles momentos em que reclamamos de ter que nos reunir para tirar fotos (obrigatórias) com todos em família, um dia serão lembrados com saudade, pois nem todos estarão presentes.

A vida é limitada. Meus pais, um dia irão partir, meus irmãos, eu... Por isso, preciso me lembrar todos os dias, de valorizar cada uma dessas oportunidades de estarmos todos juntos, felizes, apesar do calor, apesar dos sonhos ainda não realizados, apesar das diferenças que temos, mesmo sendo irmãos (vindos do mesmo lugar, feitos da mesma forma, como costumam dizer por aí).

Eu já tive uma amostra do que é viver longe da família que tenho. Sentia falta deles a cada momento em que gostaria de ter alguém para me alegrar, ou para me tirar de uma rotina cem por cento planejada. Eles me fizeram falta. O calor desse lugar me fez falta. Não apenas o calor do clima, mas principalmente o calor das pessoas, a sinceridade de querer bem uns aos outros. Por muito tempo foi disso que eu senti mais falta.

Que Deus preserve minha família assim por um bom tempo, e que preserve a mim e ao meu coração conscientes da necessidade de permanecer grato pelas pequenas coisas. Pela normalidade do dia a dia, pois se está normal, é sinal de que tudo também está bem.

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