Dia de quem?

Hoje é "Dia dos Namorados" e eu acordei fora do horário que havia pensado. O despertador até tocou, mas eu simplesmente ignorei. 

Também, pelo horário que eu fui dormir... 9h30m da manhã até que foi cedo.

Mas, eu não pude começar a fazer "minhas coisas" porque precisei ir aos Correios postar o livro que não consegui postar na sexta-feira.

Tomei meu banho e fui com minha mochilinha da dõTERRA para o ponto de ônibus. Coloquei a mesma roupa de ontem, porque não considero que estivesse suja. Afinal, quase não saio de casa. Ontem, só dei uma idinha ao mercado. Não é possível que eu fosse encontrar algum conhecido que tenha me visto.

Na passarela, encontrei com uma irmãzinha dos tempos de igreja. Ela justificou o motivo de não ter ido ao funeral da minha mãe e perguntou se eu estava indo à igreja, porque, segundo ela, é isso o que importa. Eu não queria muito assunto, então disse que sim. Falei que estou indo à ICC - Igreja Cristã Contemporânea, que é uma igreja inclusiva. Ela não deve saber do que se trata. Mas, a verdade é que eu morro de vontade de ir a essa igreja, mas nunca fui. Na hora certa, irei.

Chegando aos Correios, uma fila enorme e lenta. Lembram da ideia de que seria impossível encontrar algum conhecido que tivesse me visto ontem? Pois é, eu estava enganado. Ontem, no mercado, um rapaz dos tempos da igreja passou por mim e me cumprimentou. Hoje, adivinhem quem estava na fila do Correio? Sim. O mesmo rapaz que me viu ontem, na saidinha que dei para ir ao mercado. Mas, eu considerei que ele não tenha prestado atenção à roupa que eu estava usando ontem. Afinal, nem eu poderia dizer se ele estava usando, hoje, a mesma roupa de ontem. Gente! Olha como a minha cabeça funciona! Acho que sou louco.

Enfim... Aproveitei o tempo na fila para ler "A morte é um dia que vale a pena viver", no Kindle, enquanto estava esperando. Felizmente, a postagem no Correio foi tranquila.

Ao invés de ir direto para o ponto de ônibus, decidi passar numa farmácia Pacheco que tem do outro lado da rua dos Correios. Acabei me deparando com uma Professora que já fez parte de minha equipe, quando eu era Coordenador Escolar, na última escola onde trabalhei, até Setembro do ano passado.

Ela também perdeu a mãe (há um ano), e eu já me solidarizava com ela antes de perder a minha. Hoje, me solidarizei pelo fato de termos uma perda em comum. Indiquei o livro que estou lendo e ela agradeceu, pois está se relacionando com um viúvo que perdeu a esposa há seis meses. Quase contei a ela sobre mais esse ponto em comum, afinal, Rodrigo é viúvo há dois anos e quando nos conhecemos, havia apenas cerca de dois meses desde a partida de seu marido. Mas... Como sei que ela é Bolsonarista, um pouco religiosa tradicional, preferi não falar sobre esse detalhe.

Confesso que me senti um pouco culpado pela omissão, afinal, estou num processo de libertação da opinião dos outros sobre a minha vida. Mas, novamente, eu não estava disposto a prolongar o assunto, ou a inventar um assunto qualquer (que não iria render) depois do deslocamento de ar que acontece quando alguém que já me conhecia antes de eu começar a me relacionar com o Rodrigo, fica sabendo sobre minha orientação sexual.

Começo a querer me sentir culpado novamente, enquanto revisito esse momento, mas, acho que ficar me culpando não vai resolver isso.

Tem dias que eu me sinto tão ousado para ser quem eu sou, para ligar o "foda-se" para o mundo e viver minha vida, com minhas contas atrasadas, que ninguém se importa em pagar. Mas, tem dias que o simples fato de não querer assunto com pessoas que só querem saber da vida da gente por curiosidade, me faz sentir culpado.

Talvez, seja por isso que é tão latente meu desejo de sair desse lugar onde as pessoas pensam me conhecer. Quem eles conheceram foi uma versão minha que não se aceitava, que pensava poder viver uma vida de mentiras, como se vivesse em verdade.

Só sei que toda essa "mini crise" que eu tive me serviu de combustível, mais tarde. Já vou contar.

A Professora me perguntou sobre minha saída da escola, como se não soubesse. Eu falei a respeito dos fatos que me envolveram e ocasionaram minha demissão. Ela falou que já sabia. Nesse momento, eu senti um pouco mais de tranquilidade por não ter aberto ainda mais minha vida, pois achei esquisita essa atitude de perguntar sobre algo que já sabia, como se não soubesse. 

Nos despedimos, fui à Farmácia, comprei uma pomada que minha irmã me indicou para passar no couro cabeludo. Infelizmente, com minha demissão da Imobiliária onde trabalhei quando morei com o Rodrigo em Niterói, me causou uma coisa esquisita que parece caspa, mas não melhora nem com os melhores shampoos.

Dermatologista? Aceita um livro meu como pagamento? Porque é o que eu posso oferecer no momento.

Peguei o ônibus de volta para casa e a tarde correu bem. Já eram 13h quando cheguei.

Por volta das 14h, consegui ligar o notebook e me organizar para cumprir minhas tarefas. Não andei muito no que precisava fazer, mas dei alguns passos. Isso é muito significativo.

Peguei um caderno e fui pontuando as coisas que fiz, ao invés de pontuar as coisas que eu precisaria fazer. Isso me deu uma sensação de produtividade.

Entre as coisas que fiz, uma delas foi escrever uma publicação de "Dia dos Namorados" para o meu amor. Lembram que eu falei sobre a crise me servir de combustível? Então... Coloquei todo o meu amor, carinho e coragem nessa declaração. Usei todas as palavras "DIA DOS NAMORADOS", "MEU NAMORADO", para quem quisesse ver. Publiquei no Instagram e no Facebook, onde estão todos os conhecidos de conhecidos, amigos de amigos. Por muito tempo, eu me escondi, e não quero mais me esconder. Por mais que, hoje, num dia de fragilidade, pela falta do meu amor comigo, eu tenha precisado das Redes Sociais para me "proteger" no momento da declaração.

Esqueci de contar que o Rodrigo programou uma publicação no Instagram para as 8h da manhã. Foi um gesto lindo (mesmo que ele tenha confundido a ocasião das fotos que publicou)! Eu tenho muita sorte de ter o Rodrigo na minha vida. O texto que escrevi na publicação foi muito significativo para mim, pois nele eu falei do amor de Deus sobre nós, e como meu relacionamento com o Rodrigo é uma das provas desse cuidado e desse amor.

Ele disse que chegaria uma caixa de chocolates aqui no endereço dos meus pais, mas não chegou não. Deve ter acontecido algum imprevisto com a entrega, mas ele só vai poder saber disso no próximo fim de semana, quando eu for à Cerimônia de saída dele (nem sei se vou me lembrar de falar sobre isso).

Quando deu o horário de "Mulheres Apaixonadas", no Vale a Pena Ver de Novo, eu dei aquela paradinha para assistir (mesmo que já tenha assistido a toda ela no período de Pandemia e publicação do meu primeiro livro. Depois da novela, consegui voltar para o que estava fazendo. Cheguei a enviar umas provas de arte para aprovação e, depois disso, fiz o jantar para meu pai e mim.

Acho que o dia foi basicamente esse.

Foi um "Dia dos namorados" sem meu namorado (noivo), mas pude matar um pouquinho a saudade pelo vídeo que ele deixou programado para as 22h.

Depois do jantar, peguei o notebook para escrever esse texto e estou bem feliz pela rotina de escrever no mesmo horário, todos os dias. Mesmo sabendo que pode acontecer de eu não conseguir, ou não querer escrever algum dia.

Preciso voltar a mexer no novo Conto, mas... O momento, agora é para colocar tudo no lugar e, quando acabar esse período de retiro do Rodrigo, continuar escrevendo (talvez, não para o Blog, mas nos meus projetos literários).

Espero que vocês também tenham vivido um bom dia dos namorados, com ou sem um namorado, ou uma namorada. Que tenha sido um bom dia!

Douglas ;)

Mesmo de longe, espero que você tenha vivido um feliz dia, hoje, meu amor! Te amo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar!
Não esqueça de deixar o link do seu Blog para que eu possa retribuir a visita, ok?!